A autenticidade de um historiador está na documentação que ele resgata no espaço-tempo da civilização e aquela que ele mesmo produz em suas leituras”, diz o escritor J. C. Macedo. É que se passa com a atividade do poeta, editor e pesquisador João Barcellos na sua incansável jornada pela imagem estampada: o seu livro Comunicação Visual... já nos deu uma pista da sua ousadia, e este “Estamparia” continua o percurso que nos mostra os primórdios da arte funcional na pré civilização e a sua trajetória até à quântica civilização da era digital/digitalizada. João Barcellos transporta em si a filosofia socrática da refutação: é preciso conhecer para aprendermos a estar social e comunitariamente. “Estamparia...” é um livro para ler e reler. Carlota M. Moreyra Profª de Artes Gráficas em Paris/Fr Da produção de fios e tecidos à produção de tintas para estampar encontramos métodos e equipamentos tão diversos quanto diversa é a criatividade inventiva de cada impressor têxtil-serigráfico ou projetista [designer] que, junto de estilistas, lança um novo padrão, um novo conceito gerador de mil tendências. É por isso que o ofício de estampar, no modo têxtil-serigráfico, ou no digital, oferece sempre a possibilidade de uma revolução tecnológica, criativa e industrial. Desenvolver o livro Estamparia [a humanidade contada entre tecidos e tintas da têxtil-serigrafia à estampa digital] foi, para mim, e com a parceria/opinião dos técnicos Hajime Otsuka,Wagner Pugliese, Joel Bezerra e da designer têxtil Manuela O. F. Macedo Correia, um prazer historiográfico e cultural, até por ser uma fase que gera outras fases de pesquisa.