Com 312 páginas, o livro Gordon Parks: a América sou eu apresenta ao público brasileiro a obra de um dos mais relevantes fotógrafos do século XX e acompanha a primeira grande apresentação da obra fotográfica e fílmica de Parks no Brasil, resultado da parceria entre o Instituto Moreira Salles e a Fundação Gordon Parks. Artista de múltiplos talentos, Gordon Parks (Fort Scott, Kansas, 1912 – Nova York, 2006) construiu, ao longo de sua vida, uma produção artística diversa que atravessou a fotografia, o cinema, a música e a literatura Sua consciência de ser um homem negro nas Américas orientou uma produção que denunciou o racismo, a desigualdade e a opressão, mas também afirmou, de modo solidário e humanista, a vitalidade das culturas negras e a luta pela emancipação. Em diálogo com o contexto brasileiro, a obra de Parks ressalta paralelos e contrastes entre Estados Unidos e Brasil, países que abrigam as maiores populações negras fora da África e que compartilham uma história marcada pela escravidão e pelo racismo. Ao reunir imagens e reflexões, este livro convida o leitor a revisitar narrativas, identificar lutas comuns e abrir caminhos para novas interpretações sobre o passado e o futuro. Reunindo cerca de 300 fotografias de Gordon Parks, o catálogo também traz textos de Janaína Damaceno, Iliriana Fontoura Rodrigues e Sérgio Burgi, além de uma cronologia detalhada da vida e da obra do artista e uma entrevista com o fotógrafo Walter Firmo. Essa combinação de imagens e reflexões faz da publicação uma importante referência para compreender a dimensão artística, política e humana de Parks.