Paulo Rafael começou sua vida profissional trabalhando como educador na antiga Febem de São Paulo, atual Fundação Casa, que ficava no bairro do Tatuapé e abrigava crianças e adolescentes com histórias de vida bastante diferentes. Depois dessa experiência, passou a se interessar em escrever e contar histórias. Histórias essas que ele já ouvira de sua avó, alagoana de Palmeira dos Índios, que toda noite acendia seu cachimbo e lhe falava de “Padinho Ciço”, Lampião, Maria Bonita e de onças enormes e assustadoras. Formou-se em História, fez pesquisa para documentários, deu aulas e trabalhou como educador na PUC-SP, na Secretaria dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Paulo, na comunidade de Heliópolis, em São Paulo (SP), em Cabo Verde, na África, e também aqui no Brasil com crianças em situação de rua. Hoje, mora em São Paulo, tem dois netos, o Lorenzo e o Enrico, e gostaria que as histórias contadas por sua avó pudessem chegar até os ouvidos e o coração deles e de tantas outras crianças, de Heliópolis, das ruas, da Fundação Casa, de Cabo Verde e de outros lugares.